domingo, 3 de outubro de 2010



Cabana e a Tempestade


Eis que o silêncio dominava o lugar, enquanto ambos se olhavam no fundo dos olhos. Mesmo com todo esse tempo sem se ver, eles poderiam passar o dia todo assim, hipnotizados, se amando apenas com o olhar. Os problemas que os consumiam pareciam não existir mais. Mas ele resolveu quebrar o silêncio.
- Ta sendo tão difícil pra gente,amor. Mas isso é só uma fase da nossa vida, que irá nos fortalecer mais e mais, até estarmos juntos de vez, disse ele sem ao menos piscar enquanto encarava os envolventes olhos da garota. Houve um breve silêncio, enquanto ela formulava uma resposta. Só se ouvia o som que a brisa do mar fazia.
- Eu sei meu bem, mas tenho medo do agora. De tudo que pode nos acontecer hoje em dia, pois eu sei que mais pra frente ficaremos juntos - disse ela olhando ele com uma cara triste e preocupada. Sinceramente eu não sei o que as pessoas que são contra nós, são capazes de fazer em relação ao nosso namoro.
As ondas do mar começaram a ficar agitadas. Ele observou a tempestade que estava se aproximando. Já estava anoitecendo, e só havia eles em toda a praia. Ele segurou as mãos dela, E falou.
- Não há por que ter medo, isso não é o fim do mundo. Poderia ser bem pior. Dê graças que lá de vez em quando nos vemos ainda.
Ela encarou o mar agitado, a tempestade chegando mais perto. E tudo ficando mais cinza.
- É verdade, concordou ela um pouco indecisa.

As primeiras gotas começavam a cair, e mais uma vez ele quebra o silêncio. - Amor, imagina que todas as pessoas que são contra nós, e todas nossas dificuldades. São a maior, terrível e devastadora das tempestades, Imaginou? - Sim, respondeu ela desconfiada.
Ele continuou.
- Agora imagina o nosso amor, como se ele fosse a mais simples, mais humilde cabaninha, onde era sustentada por apenas dois pilares. Imaginou?
- Aham ! respondeu ela, agora imaginando o que se tratava.
- Pois bem, continuou ele. Agora imagina essa terrível tempestade, passando á toda velocidade, fúria e ódio pela nossa cabana frágil, humilde e simples. Agora a pergunta final, você acha que essa tempestade derruba nossa humilde cabana?
- Não! Respondeu ela cheia de segurança.
- E por que não ? perguntou ele acariciando as mãos dela.
- Por que nós nos amamos, e juntos enfrentaremos o que vier, e nada pode nos separar. Nem mesmo a mais devastadora tempestade. Certo?
- Mais ou menos isso, disse ele. Ele aproximou o rosto do dela. Tomou ela pelos braços. Olhou no fundo dos olhos e disse. ‘’ Nossa ‘’Cabana’’ não viria á baixo, pelo simples fato, de ter aqueles dois pilares que as sustentam, ou seja, eu e você. Amor, somos nós quem sustentamos nosso amor, somos os dois pilares que juntos, se tornam mais forte do que qualquer tempestade. Não importa o que vier, seremos somente eu e você, sempre juntos. Enfrentando tudo, e todos!
E com isso, eles se olharam, como nunca haviam se olhado antes. A chuva começou a cair preguiçosamente, ela fechou os olhos. E ele encaixou seu corpo ao dela. Se abraçaram, e com um beijo selaram a maior certeza que os dois tinham. Um era o abrigo do outro.

Fim

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Coisas em Comum ( Jonathan Schroeder )


Coisas em Comum
Nossas diferenças, nos deixam cada vez mais parecidos E nada pode mudar Nossos passos podem ser diferentes, mas vão ao mesmo caminho E nada vai nos parar Nosso tempo, deixamos para aproveitar sozinhos, Nada mais além de nós Nossos desejos, são satisfeitos de um jeito tão absoluto, Que se torna imcompreensível para quem nos cerca Nossas vidas, dependem uma da outra para seguir em frente, E isso nos deixa mais fortes Nossos sonhos, são tão simples e ligados, Que as vezes achamos impossíveis de se realizar Nosso amor, Tão invunerável, que o impossível não faz diferença alguma Pois nosso amor é tão perfeito e eterno Que supera qualquer Obstáculo.